domingo, 3 de fevereiro de 2008


Didier Lévy


trad. Samuel Titan Jr.
il. Tiziana Romanin
Girafinha, 2007
32 pp.


No jardim da casa, em frente à janela do quarto do menino, havia uma árvore de tronco cascudo e nodoso que ninguém sabia de que espécie era. Porém, era fácil de escalar até ao extremo dos seus galhos e o menino gostava, gostava muito, de ler ali sentado. Enquanto o menino lia, a árvore esticava seus braços de folhas — mas isso ninguém parecia saber... Ele apenas desconfiava de que se tratava de uma árvore leitora porque, algumas vezes, as suas histórias preferidas iam parar à folhagem...
Seria sempre a brisa quem as carregava?
Neste apólogo mágico sobre a amizade, a narração é feita com extrema leveza pela própria personagem.
O afecto e as histórias compartilhadas, um dia, deixam de acontecer, pois um terrível raio põe um fim na vida da árvore que ninguém nunca soube de que espécie era.
O menino chora, mas a mãe vem sussurrar-lhe em segredo o que agora se deve fazer para que a amizade perdure noutros recantos da memória e da imaginação.

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