segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SEMANA DA LEITURA

ESCOLA BÁSICA DO 2º CICLO D. PEDRO VARELA-MONTIJO

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

SEMANA DA LEITURA-MARÇO 2008

SEMANA DA LEITURA

A Semana da Leitura destina-se a criar na escola um ambiente particularmente festivo à volta dos livros que reforce a adesão dos alunos e o desejo de ler mais. Para conseguir esse efeito é conveniente começar a programar as actividades o mais cedo possível.
As actividades poderão ser leituras de prosa ou poesia, dramatizações, concursos, jogos e outras actividades lúdicas, decoração da sala de aula e/ou de outros espaços da escola, etc.
Para valorizar o esforço de promoção da leitura aos olhos de crianças e adultos e para criar um elemento de agradável novidade na vida da escola, é oportuno convidar pais, familiares, ou personalidades de prestígio na comunidade, como por exemplo autarcas, artistas, empresários, jornalistas, autores, etc.
Conforme a adesão e a disponibilidade dos professores e dos convidados, as escolas podem participar na Semana da Leitura realizando:
• actividades nas sala de aulas (abrangendo todas ou só com algumas turmas e eventualmente convidados).
• uma ou várias actividades colectivas (envolvendo várias turmas, professores e funcionários e convidados)

MARÇO 2008

3, 4, 5, 6 e 7


http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/upload/eventos_concursos/Semana%20Leitura%202008/cartaz%20SL2008.pdf

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

SABOREAR AS PALAVRAS - POEMA

Escrevo para Saborear as Palavras

Escrevo para saborear as palavras

letra a letra, ecoam dentro e fora

quero-as tão livres como o olhar

no ardor do ser, sentir em tudo

olho os animais abraçados

no silêncio escutado, perene

murmúrios de carinhos imersos

nas águas onde vemos

as nossas imagens desconhecidas


Constança Lucas

Janeiro 2006

PROMOÇÃO DA LEITURA


Escola Básica do 2º ciclo

D. Pedro Varela

2007/2008

http://www.eprep-montijo.rcts.pt/

"SABOREAR AS PALAVRAS"

PROFESSORES INTERVENIENTES: 10


TURMAS: 5º E 6º ANO

COLABORADORES: EQUIPA DA BIBLIOTECA

PROFESSORES DE ESTUDO ACOMPANHADO


OBJECTIVOS

INTRODUZIR A LEITURA NO QUOTIDIANO

PROMOVER O GOSTO PELA LEITURA, LENDO COM OS ALUNOS NA SALA DE AULA, VARIADÍSSIMAS HISTÓRIAS EM PROSA, EM VERSO, EM FORMA DE TEXTO DRAMÁTICO COM A PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE OS CATIVAR

FOMENTAR HÁBITOS DE LEITURA

COMBATER A ILETRACIA

PROMOVER UMA CULTURA LITERÁRIA

METODOLOGIA

ASSEGURAR A EXISTÊNCIA DE, PELO MENOS, UM LIVRO PARA DOIS ALUNOS

CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS DA TURMA PARA INICIAR O PROJECTO, LENDO UM LIVRO QUE CORRESPONDA AOS INTERESSES DA MAIORIA DOS ALUNOS

ALTERNAR A LEITURA DE LIVROS MAIS EXTENSOS COM MENOS EXTENSOS


INCENTIVAR O DIÁLOGO/TROCA DE IMPRESSÕES SOBRE O ENREDO DAS NARRATIVAS, AS CARACTERÍSTICAS DAS ILUSTRAÇÕES, AS IMAGENS SUGERIDAS PELOS POEMAS, AS POTENCIALIDADES DOS TEXTOS DRAMÁTICOS, DE MODO A QUE OS MOMENTOS DE LEITURA SEJAM DESEJADOS PELOS ALUNOS

RECOMENDAÇÕES

RESERVAR QUINZE A 30 MINUTOS DE CADA BLOCO (90m) DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O PROJECTO DE LEITURA

ASSEGURAR A LEITURA DE PELOS MENOS TRÊS OBRAS

ATRAIR OUTROS PROFESSORES PARA O PROJECTO DE LEITURA, NOMEADAMENTE, OS QUE LECCIONAM DISCIPLINAS RELACIONADAS COM OS TEMAS INCLUIDOS NA SELECÇÃO APRESENTADA E OS PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELAS AULAS DE ESTUDO ACOMPANHADO.

OBRAS SELECCIONADAS

5º ANO

Real….mente (poemas)- Teresa Guedes, Caminho

Uma Aventura na Quinta das Lágrimas- Ana Maria Magalhães e outro, Caminho

Pedro Alecrim- António Mota, Gailivro

6º ANO

A Árvore- Sophia M.B. Andresen, Figueirinhas

Fábulas de La Fontaine- Jean de La Fontaine, Âmbar

Jogos, Versos e Redacções (contos)- Teresa Rita Lopes, Presença

ANIMAÇÃO DA LEITURA

SUGESTÕES:

O PROFESSOR LÊ EM VOZ ALTA E OS ALUNOS ACOMPANHAM SILENCIOSAMENTE O MESMO TEXTO

O PROFESSOR INICIA A LEITURA EM VOZ ALTA E PASSA A PALAVRA AOS ALUNOS

O PROFESSOR PROMOVE A LEITURA DIALOGADA

O PROFESSOR INCENTIVA OS ALUNOS A PREPARAREM A LEITURA DE UM POEMA/DE UM TEXTO/CAPÍTULO OU DE UM CONTO PARA LEREM EM VOZ ALTA

ACTIVIDADES - FINAL DA SESSÃO

(sugestões)

PONTO DE ORDEM

ANTES OU DEPOIS

CAÇA AO INTRUSO

VERDADEIRO OU FALSO

QUEM É QUEM

À AVENTURA

MEMÓRIA DE ELEFANTE

............................................

AVALIAÇÃO

QUESTIONÁRIO SOBRE HÁBITOS DE LEITURA

AVALIAÇÃO DA LEITURA

DIÁLOGO ABERTO (no fim da leitura da cada obra)

INQUÉRITO (no final da leitura da cada obra)


domingo, 3 de fevereiro de 2008


Didier Lévy


trad. Samuel Titan Jr.
il. Tiziana Romanin
Girafinha, 2007
32 pp.


No jardim da casa, em frente à janela do quarto do menino, havia uma árvore de tronco cascudo e nodoso que ninguém sabia de que espécie era. Porém, era fácil de escalar até ao extremo dos seus galhos e o menino gostava, gostava muito, de ler ali sentado. Enquanto o menino lia, a árvore esticava seus braços de folhas — mas isso ninguém parecia saber... Ele apenas desconfiava de que se tratava de uma árvore leitora porque, algumas vezes, as suas histórias preferidas iam parar à folhagem...
Seria sempre a brisa quem as carregava?
Neste apólogo mágico sobre a amizade, a narração é feita com extrema leveza pela própria personagem.
O afecto e as histórias compartilhadas, um dia, deixam de acontecer, pois um terrível raio põe um fim na vida da árvore que ninguém nunca soube de que espécie era.
O menino chora, mas a mãe vem sussurrar-lhe em segredo o que agora se deve fazer para que a amizade perdure noutros recantos da memória e da imaginação.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

MANUEL ANTÓNIO PINA


Poeta, autor de livros infantis e tradutor. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Entre 1971 e 2001 foi jornalista profissional no Jornal de Notícias (Porto), onde desempenhou igualmente funções de editor e chefe de redacção. Além do JN, tem ainda colaboração dispersa por outros órgãos de comunicação, entre imprensa escrita, rádio e televisão (República, Diário de Lisboa, O Jornal, Expresso, Jornal de Letras, Artes e Ideias, Marie Claire, Visão, Rádio Porto, RTP, Península (Barcelona), etc.). Foi também professor da Escola Superior de Jornalismo do Porto e membro do Conselho de Imprensa.

A obra de Manuel António Pina consegue uma forte coesão, mantendo em ambos os registos — o da poesia e o da chamada “literatura para a infância” — aquilo que já foi classificado como “um discurso de invulgar criatividade e de constante desafio à inteligência do leitor”, qualquer que seja a sua idade.

Como poeta, a sua obra revela um cariz simultaneamente sentido e reflexivo, de tom irónico e pendor filosofante, na qual é apontada uma tendência nietzschiana para alcançar “uma segunda e mais perigosa inocência”.

Como autor de literatura infantil, a sua obra tem um lugar à parte no panorama nacional, mercê de um “nonsense” de tradição anglo-saxónica, (onde poderemos detectar a herança de Lewis Carroll) que brinca, inteligente e seriamente, com as palavras e os conceitos, num jogo de imaginação sem tréguas.

Grande parte da sua obra para a infância está representada em manuais escolares e publicada em antologias em Portugal e Espanha. Tem ainda uma relação estreita com o teatro, tendo sido, em 1982, bolseiro do Centro Internacional de Teatro de Berlim junto do Grips Theater (Berlim). Até ao momento, foram feitas mais de duas dezenas de produções teatrais baseadas em textos seus, por várias companhias teatrais do país, tal como vários programas de ficção e entretenimento para a televisão, entre os quais uma série infantil de doze episódios (“Histórias com Pés e Cabeça”, 1979/80). É aliás, desde 1994, autor de vários guiões para séries de ficção para TV. Também ao cinema a sua obra foi adaptada: por José Carvalho, em 1980 (“Uma História de Letras”, a partir de um conto de O Têpluquê); e por João Botelho, em 1999 (“Se a Memória Existe”, filme sobre texto integral de O Tesouro). Em video está editada uma “Pequena Antologia Poética de Manuel António Pina” (1998). Foram ainda editados vários discos com textos seus musicados, nomeadamente “O Inventão”, “O Bando dos Gambozinos”, “O Beco” e “A Casa do Silêncio”.

O seu poema “Farewell Happy Fields” foi objecto de uma exposição com o mesmo nome de cinquenta desenhos de Alberto Péssimo, apresentada na Galeria Labirinto, Porto, 1992.

Organizou, prefaciou e traduziu O Homem Invisível (antologia poética de Pablo Neruda), Porto: Afrontamento, 1965; e subscreveu também, dispersas por jornais e revistas, traduções de Frei Luis de Léon, Jules Laforgue, T. S. Eliot, Paul Éluard e outros poetas.

Colaborou ou está representado nas seguintes publicações colectivas e antologias: Antologia da Poesia Portuguesa, Lisboa: Moraes Ed., 1979; De que São Feitos os Sonhos, Porto: Areal Ed., 1985; Sião, Lisboa: Frenesi, 1987; Poesia Portuguesa Hoje, Rio de Janeiro: Fundação da Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura do Brasil, 1993; O Poeta e a Cidade, 2ª ed. Porto: Campo das Letras, 1996; Cadernos de Serrúbia nº 2, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, Dez. 1997; Retratos e Poemas, Lisboa: Casa Fernando Pessoa, 1998; Poemas de Amor, Lisboa: Publicações D. Quixote, 2001; Rosa do Mundo / 2001 Poemas para o Futuro, Porto 2001 e Lisboa: Assírio & Alvim, 2001; Ao Porto, Lisboa: Publ. D. Quixote, 2001; Século de Ouro / Antologia Crítica da Poesia Portuguesa do Século XX, Coimbra:Capital Nacional da Cultura e Lisboa: Cotovia, 2003.

Integrou as representações oficiais da literatura portuguesa na Feira do Livro de Frankfurt (1997), no Salão do Livro de Paris (2000) e no Salão do Livro de Genève (2001)

Em 1997 foi poeta residente convidado da cidade de Villeneuve-sur-Lot (França) e, em 2001, foi agraciado com a Medalha de Ouro de Mérito da Câmara Municipal do Porto.

O PRINCIPEZINHO


Clássico da literatura infantil que os adultos não devem desdenhar, «O Principezinho» é um romance em torno de um menino que vive num asteróide e vem à Terra, num percurso em que são expostos de forma simples os conceitos de amizade, lealdade e dedicação, mesmo na presença de factores adversos, e onde é também mostrada com diversos cenários a pobre loucura dos homens nas suas interpretações redutoras do mundo esquecendo-se da máxima «o essencial é invisível aos olhos», passando ainda pela ilustração cómica de personagens que retratam tristes (não-)opções de vida que redundam em solidão, tais como o rei todo poderoso que só vive para o poder, o vaidoso que só vive para o que os outros lhe dizem, o bêbedo que vive unicamente para o seu vício, o homem de negócios que vive para os seus números, e o geógrafo que vive apenas para a sua ciência. Em diálogo com o aviador perdido, ao qual pede o desenho de uma ovelha, o menino, sem querer (limitando-se a ser menino), evoca os valores que deveriam ser os essenciais da vida, aprendendo ainda, pela sua própria experiência, as dificuldades e as recompensas das relações com os outros e os seus rituais, e o valor de cada amor ou amizade sempre únicos e que nunca são comparáveis com quaisquer outros.

Observações:
Para os adultos, recomenda-se (ainda) a leitura de outros livros de Saint-Exupéry que seguem a mesma linha de pensamento numa maturação mais aprofundada de questões existenciais colocadas num discurso simples e acessível, tais como «Terra dos Homens» e «A Cidadela».

Extracto:
Tenho boas razões para pensar que o planeta de onde o principezinho tinha vindo era o asteróide B612. Este asteróide foi visto ao telescópio uma única vez, em 1909, por um astrónomo turco. Nessa altura, o cientista fez uma grande demonstração da descoberta a um Congresso Internacional de Astronomia. Mas ninguém o levou a sério por causa da maneira como estava vestido. As pessoas crescidas são assim.
Felizmente, para a boa reputação do asteróide B612, um ditador turco lembrou-se de impor ao seu povo, mas impor-lhe sob pena de morte, que passasse a trajar à ocidental. O astrónomo tornou a fazer a demonstração em 1920, agora muito bem posto. E toda a gente a aceitou.
Se vos contei isto tudo sobre o asteróide B612 e se vos confiei o número dele foi por causa das pessoas crescidas. As pessoas crescidas gostam de números. Quando lhes falam de um amigo novo, nunca perguntam nada de essencial. Nunca perguntam: «Como é a voz dele? A que é que ele gosta mais de brincar? Faz colecção de borboletas?» Em vez disso, perguntam: «Que idade tem? Quantos irmãos tem? Quanto é que ele pesa? Quanto ganha o pai dele?» Só então julgam ficar a saber quem é o vosso amigo.
Se contarem às pessoas crescidas: «Hoje vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado...», as pessoas crescidas não conseguem imaginá-la. Precisam de lhes dizer: «Hoje vi uma casa que custou cem mil euros.» Então já são capazes de a admirar: «Mas que linda casa!»